
15 de setembro de 2010 | 00h00
BUENOS AIRES - A presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou ontem um projeto de lei que restabelece o feriado de carnaval no país, que havia sido extinto em 1977, durante a ditadura militar (1976-1983).
"Queremos que a alegria volte à Argentina", disse a presidente Cristina a uma plateia de "murgueros" (denominação dos integrantes dos blocos carnavalescos portenhos), ontem, em Buenos Aires.
Na visão do ditador argentino general Jorge Rafael Videla (1976-81), extremistas de esquerda poderiam usar as fantasias e os blocos de rua para cometer atentados. Por isso, a festa havia sido extinta.
Mas, antes de Videla, a morte de Evita Perón - em 26 de julho de 1952 - também levou à imposição de um luto nas rádios, TVs e ruas da Argentina, calando a festa popular até 1956.
Ontem, a presidente argentina também anunciou a criação de outros novos feriados. Desta forma, o número total de dias de feriado nacional passa de 12 para 15. A ideia, afirmou Cristina, é tentar reanimar o turismo no país.
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