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Cristina tenta evitar derrota em Córdoba

Por Ariel Palacios
Atualização:

Após ter perdido a disputa pela Província de Santa Fé, e com a provável derrota de hoje na prefeitura de Buenos Aires, o kirchnerismo tenta evitar um terceiro revés consecutivo na série de eleições que antecedem a votação presidencial argentina. Na eleição provincial em Córdoba, no próximo domingo, a Casa Rosada aposta no ex-governador José Manuel de la Sota, representante do peronismo dissidente, que rompera com Cristina havia meses. A Província de Santa Fé representa 8,55% dos votos nacionais, enquanto a cidade de Buenos Aires tem 8,6% e a Província de Córdoba equivale a 8,71%. Juntos, estes três distritos equivalem a 25,86% do total do eleitorado argentino, além de aglutinar 41% do PIB nacional.Na Província de Buenos Aires, que concentra 37% do eleitorado nacional e costuma definir o vitorioso nas eleições presidenciais, o governo aposta na reeleição de Daniel Scioli, um aliado que não inspira muita confiança para Cristina. Ali, a eleição será no mesmo dia da presidencial, em 23 de outubro. Pessimismo. Até o mês passado, grande parte dos analistas políticos e pesquisas de opinião pública indicava que a presidente Cristina teria chances de vencer as eleições presidenciais no primeiro turno.Segundo o sistema eleitoral argentino, um candidato evita o segundo turno caso obtenha ao menos 45% dos votos, ou se conseguir 40% dos votos com uma diferença de 10 pontos porcentuais sobre o segundo colocado. Essa possibilidade era considerada seriamente, já que o vice-líder das pesquisas, Ricardo Alfonsín, da União Cívica Radical (UCR), não passa de 25% dos votos nas pesquisas mais favoráveis.Nos últimos dias, começaram a pairar dúvidas na própria Casa Rosada sobre as chances de Cristina alcançar a faixa de 40% no primeiro turno. Informações extraoficiais indicam que o governo teme um grande volume de votos em branco e o recuo estratégico de aliados.Entre outros candidatos à eleição presidencial argentina destacam-se o ex-presidente Eduardo Duhalde, do peronismo dissidente, e a deputada Elisa Carrió, da Coalizão Cívica.

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