SEUL - O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Tae-young, renunciou ao cargo nesta quinta-feira, 25, informou o governo. O presidente Lee Myung-bak aceitou a demissão.
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A renúncia de Kim ocorre dois dias após a Coreia do Norte realizar um ataque a uma ilha sul-coreana, que deixou dois militares e dois civis mortos. Parte da oposição sul-coreana criticou a resposta de Seul à crise, esperando uma posição mais firme.
Kim havia sido nomeado ministro da Defesa quando Lee chegou ao poder, em setembro de 2009. Ele era um dos ministros que estavam havia mais tempo no cargo. Nesta quinta, Kim chegou a visitar a ilha atacada. O presidente sul-coreano prometeu reforçar as tropas na área.
Disparos de artilharia norte-coreanos atingiram a ilha de Yeonpyeong, da Coreia do Sul, no Mar Amarelo, e deixaram ao menos dois soldados e dois civis mortos e dezenas de feridos. Seul respondeu com mais disparos, mas Pyongyang acusa os sul-coreanos de terem iniciado o conflito.
A ação levou vários países ocidentais aliados à Coreia do Sul a condenar a ação norte-coreana. Os EUA, o principal dos parceiros, já anunciaram que realizarão exercícios militares na região da fronteira no próximo domingo em retaliação ao ataque.
Os dois países se encontram tecnicamente em conflito desde que a Guerra da Coreia (1950-1953) foi encerrada pelo armistício em vez de um tratado de paz. Desde então, o acirramento das tensões entre as duas nações asiáticas é frequente.
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Um dos episódios mais recentes dos atritos entre os países foi o afundamento do navio sul-coreano Cheonan. Seul acusa Pyongyang de estar por trás do ataque, que matou 46 marinheiros. A Coreia do Norte, que está sob pressão pelas suspeitas de estar ampliando seu programa nuclear, nega.