25 de abril de 2016 | 11h51
WASHINGTON - Os rivais republicanos na disputa pela indicação à candidatura à Presidência dos Estados Unidos Ted Cruz e John Kasich anunciaram um acordo no domingo, 24, para não disputarem votos em algumas das próximas primárias estaduais, na esperança de conter o principal pré-candidato, Donald Trump, em sua tentativa de conquistar a nomeação presidencial do partido.
A campanha de Cruz informou que ele focará seus esforços no Estado de Indiana e dará a Kasich espaço em Oregon e Novo México, Estados onde o governador de Ohio espera ir bem. Kasich, em troca, concordou em seguir para o oeste. A primária de Indiana é em 3 de maio, a de Oregon em 17 de maio e do Novo México em 7 de junho.
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Ter Donald Trump como candidato à Casa Branca nas eleições de novembro "seria um desastre para os republicanos", advertiu o chefe de campanha de Cruz, Jeff Rói. As campanhas de Cruz e Kasich acreditam que o acordo de ceder Estados onde os candidatos parecem fortes pode limitar a habilidade de Trump de conseguir mais delegados.
Alguns estrategistas republicanos que se opõem a nomeação Trump pediam por um acordo desse tipo há semanas. A questão para Cruz e Kasich é saber se o pacto foi realizado tarde demais ou se ainda será efetivo para supera o magnata.
Trump ganhou a maior parte das disputadas estaduais, mas ainda tem um longo caminho para conseguir os 1.237 delegados necessários para a nomeação. Por enquanto, o magnata é o claro favorito com 845 delegados, na frente de Cruz (559) e Kasich (148).
Em sua conta no Twitter, Trump qualificou de "desespero" a aliança anunciada entre seus dois rivais pela indicação republicana. Segundo o magnata, essa parceria é uma mostra de "fraqueza" e reflete que seus dois rivais estão "matematicamente mortos e totalmente desesperados", ao qual se soma o fato de que os doadores "não estão contentes com eles".
Nesta terça-feira serão realizadas primárias em cinco Estados do nordeste do país: Pensilvânia, Maryland, Rhode Island, Delaware e Connecticut. Trump parte de novo como favorito para seguir somando vitórias e delegados, da mesma forma que a ex-secretária de Estado Hillary Clinton na disputa democrata. / REUTERS e EFE
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