PUBLICIDADE

Cruz Vermelha diz que violência na Colômbia está aumentando

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar das tentativas e promessas do novo presidente colombiano Alvaro Uribe, de dar uma solução final para o conflito contra as guerrilhas, a situação tem apenas se intensificado e deteriorado desde que ele tomou posse. Essa é a avaliação da Cruz Vermelha, que afirma que, em 20 anos, a situação nunca esteve tão grave na Colômbia como agora. "Estamos observando uma radicalização de cada uma das partes envolvidas no conflito", afirmou Georgio Cominos, representante da Cruz Vermelha em Bogotá. Segundo a entidade, o número de colombianos que foram obrigados a deixar as casas duplicou nos últimos seis meses. No ano passado, cerca de 100 mil pessoas fugiram das vilas temendo ataques da guerrilha, dos paramilitares e das forças do governo. Neste ano, cerca de 195 mil colombianos saíram de casa. "No total, entre um milhão e dois milhões de colombianos deixaram suas regiões e migraram para as cidades por causa dos conflitos", afirmou Cominos. Outra preocupação da entidade de ajuda humanitária é quanto à ajuda dos Estados Unidos ao governo colombiano, conhecido como Plano Colômbia. O programa de US$ 1 bilhão que tinha como objetivo adotar medidas de combate à droga está se tornando um plano de guerra. Além disso, as Forças Armadas têm aumentado as ofensivas nas últimas semanas, como parte da iniciativa de Uribe de acabar com a guerrilha. O resultado da combinação desses fatores é o aumento dos enfrentamentos entre os grupos armados. Segundo a entidade, existem pelo menos 150 frentes de batalha em todo o território colombiano. "Os conflitos já estão disseminados por todo o país", afirmou Cominos. A Cruz Vermelha ainda aponta que doenças que haviam sido erradicadas da Colômbia voltam a atingir a população, diante do caos humanitário. Uma dessas doenças é a rubéola.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.