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Cruz Vermelha planeja ficar no Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha anunciou que prosseguirá com seu trabalho humanitário no Iraque mesmo que a Organização das Nações Unidas (ONU) retire seus funcionários. "Nossa intenção e nossa ambição é permanecer no Iraque mesmo durante as hostilidades", disse Nada Doumani, porta-voz da Cruz Vermelha. O grupo possui no Iraque uma equipe de 10 profissionais estrangeiros e 100 funcionários locais. Cerca de 20 estrangeiros deixaram o país nas últimas semanas, mas estão trabalhando em países próximos e prontos para retornar se for necessário, garantiu Doumani. A agência humanitária dirige programas de alimentação e tratamento de saúde, além de cooperar com as agências humanitárias da ONU. As Nações Unidas informaram ontem que estavam retirando do país seus últimos funcionários estrangeiros, no momento em que os Estados Unidos se preparam para deflagrar uma guerra contra o Iraque, o que deve ocorrer nos próximos dias. A Cruz Vermelha costuma permanecer nos países em conflito mesmo que a ONU se retire. A organização continuou trabalhando em Belgrado e Kosovo durante os bombardeios da Otan, em 1999. No Afeganistão, a entidade retirou-se brevemente do país em 2001, mas logo voltou a operar. Em Londres, os grupos humanitários Anistia Internacional e Oxfam alertaram hoje que EUA e Grã-Bretanha precisam colocar o bem-estar dos civis iraquianos no centro de seus planos de guerra. Devem também prometer que não utilizarão bombas de fragmentação nem instalarão minas terrestres, além de evitarem ataques contra importantes instalações civis, como usinas de energia e tratamento de água. Os grupos pediram também que a comunidade internacional garanta que a ONU voltará ao Iraque no prazo mais breve possível após a guerra, para administrar a ajuda humanitária e dirigir um eventual governo pós-Saddam Hussein.

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