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Cruz Vermelha se reunirá com 14 detidos em Guantánamo

No entanto, as normas da Cruz Vermelha requerem que a informação que for obtida não seja divulgada

Por Agencia Estado
Atualização:

Membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha se reunirão a partir de segunda-feira com 14 acusados de terrorismo que passaram vários anos em prisões secretas da CIA e que foram transferidos ao centro de detenção americano na base de Guantánamo, segundo a edição de do The Washington Post. O governo do presidente George W. Bush, que durante anos se negou a aplicar as Convenções de Genebra aos que considera "combatentes inimigos" capturados na luta global contra o terrorismo, anunciou recentemente que transferiria alguns suspeitos à base naval de Guantánamo, em Cuba. Estes indivíduos tinham permanecido em centros de reclusão secretos operados pela Agência Central de Inteligência (CIA), segundo o jornal. Um porta-voz da Cruz Vermelha disse que 12 funcionários da organização, incluindo vários intérpretes, passarão duas semanas em Guantánamo, onde os EUA mantêm centenas de detidos, sem julgamento nem recursos legais, desde o final de 2001, acrescenta o jornal. "É possível que, em tais reuniões, a Cruz Vermelha seja a primeira organização, alheia à administração Bush, que faça um relatório sobre as práticas nas prisões operadas pela CIA, incluindo os métodos de interrogatório usados nelas", afirma a publicação. No entanto, as normas da Cruz Vermelha requerem que a informação que for obtida não seja divulgada, e, por isso, os funcionários da organização só poderão transmitir suas preocupações a esse respeito às autoridades dos EUA.

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