Cruz Vermelha teme que EUA escondam prisioneiros

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Por Agencia Estado
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A Cruz Vermelha levanta a suspeita de que os Estados Unidos estão mantendo supostos terroristas como prisioneiros em locais secretos, apesar de os americanos terem garantido o acesso da agência a milhares de detidos no Iraque. Segundo a porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Antonella Notari, a denúncia foi feita porque diversos homens considerados suspeito de terror e capturados pelo FBI não estão sendo mantidos nos centros de detenção conhecidos, e os EUA não apresentaram uma lista com todos os seus prisioneiros. "Essas pessoas estão, até onde podemos dizer, detidas em locais que são secretos não apenas para nós, mas também para o resto do mundo", disse Notari. De acordo com as Convenções de Genebra, os Estados Unidos são obrigados, neste caso, a permitir o acesso a prisioneiros de guerra e outros detidos, para que as condições de encarceramento sejam checadas. Washington diz que está cooperando com a agência e já permitiu que seus membros vistoriassem milhares de prisioneiros no Afeganistão, em Guantánamo e no Iraque, onde delegados da Cruz Vermelha chegaram a visitar o ex-ditador Saddam Hussein em uma prisão. Não está claro se os suspeitos de terrorismo são cobertos pelas Convenções de Genebra, mas Notari disse que, "por razões humanitárias", a Cruz Vermelha deveria ter acesso a todos os detidos.

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