Cuba nega que participará de mediação para solucionar crise na Venezuela

Dirigente cubano pediu que EUA e demais países não intervenham no país bolivariano e reafirmou a ‘solidariedade inabalável com o povo venezuelano’

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Por Redação
Atualização:

PINAR DEL RÍO, CUBA - Cuba desmentiu nesta quarta-feira, 26, que iria fazer parte de uma mediação internacional para solucionar a crise política na Venezuela e pediu aos EUA e outros países que não intervenham no país bolivariano.

"Cuba rejeita categoriamente tais insinuações e reclama o absoluto respeito à soberania e à autoderminação da República Bolivariana de Venezuela", afirmou o número dois do Partido Comunista de Cuba, José Ramón Machado.

Nicolás Maduroenfrenta uma longa crise política com a oposição, a qual iniciou nesta quarta-feira uma greve de dois dias para pressionar o governo a desistir da Assembleia Constituinte Foto: REUTERS/Marco Bello

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Segundo ele, veículos da imprensa estrangeira cogitaram o suposto envolvimento de Cuba em uma eventual mediação internacional relacionada à situação na Venezuela.

Em um ato comemorativo pelo Dia da Rebeldia Nacional, na presença do presidente Raúl Castro, Machado ainda denunciou "ações de ingerência desestabilizadoras contra o governo bolivariano".

A Venezuela é o principal aliado político e econômico de Cuba, que apoia a gestão do presidente chavista Nicolás Maduro. O líder enfrenta uma longa crise política com a oposição, a qual iniciou nesta quarta-feira uma greve de dois dias para pressionar o governo a desistir da Assembleia Constituinte. Os EUA ameaçaram impor sanções econômicas unilaterais à Venezuela se votação for realizada.

“Aqueles no exterior que tentam dar lições de democracia e direitos humanos, enquanto encorajam a violência e o terrorismo, devem tirar suas mãos dessa nação”, afirmou Machado.

O dirigente cubano disse que “cabe somente ao povo e ao governo bolivariano superar suas dificuldades sem a intromissão estrangeira em seus assuntos internos. Reafirmamos mais uma vez nossa solidariedade inabalável com o povo venezuelano”./ AFP

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