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Cuba planeja abrir mercados atacadistas de alimentos para o setor privado

Segundo o ministro de Comércio Interior, Havana será a primeira a contar com esse tipo de estabelecimento

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Por Redação
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HAVANA - Cuba planeja abrir "lojas atacadistas de produtos alimentícios" dirigidos ao setor privado, em resposta a uma das maiores demandas dos trabalhadores autônomos da ilha, informaram nesta terça-feira veículos de comunicação oficiais.

O titular do Ministério de Comércio Interior (Mincin), Francis Herrera, confirmou à emissora "Radio Reloj" que o Estado cubano "trabalha arduamente" na abertura destes estabelecimentos, mas não estabeleceu uma data.

Um mercado em Havana, onde há pouca oferta de mercadorias Foto: NYT

Havana será um dos primeiros territórios que contará com esses mercados, junto aos municípios de Placetas (Villa Clara) e Trinidad (Sancti Spiritus), ambos no centro do país.Uma vez que as lojas atacadistas comecem a funcionar, os autônomos cubanos poderão encontrar nelas "fundamentalmente arroz, grãos, açúcares, frango, salsichas e óleo", detalhou Herrera.O vice-presidente do Grupo Atacadista de Produtos Alimentícios e outros Bens de Consumo do Mincin ressaltou que "o abastecimento desses centros deverá ser uma prioridade", sem afetar a comercialização dos produtos de cesta básica familiar, o consumo social e as vendas liberadas.Durante a última sessão plenária do Parlamento cubano, em dezembro, o ministro da Economia e Planejamento, Marino Murillo, já havia afirmado que a ilha devia adotar um mercado atacadista para o setor privado.Quase meio milhão de pessoas na ilha são trabalhadores autônomos ou "cuentapropistas", como são chamados os empreendedores e pequenos empresários cubanos, dedicados em sua maioria à elaboração e venda de alimentos, categoria que inclui cafeterias e restaurantes privados.Entre as atividades mais populares também se encontram o transporte de carga e passageiros, e o arrendamento de imóveis, um serviço que opcionalmente inclui cafés da manhã em suas ofertas.A ampliação do trabalho privado é uma das principais reformas efetuadas pelo presidente cubano, Raúl Castro, para "atualizar" o modelo socialista da ilha e compensar a supressão progressiva de 500 mil empregos estatais prevista entre 2011 e 2015. / EFE

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