Cuba realiza desfile militar de comemoração aos 58 anos da Revolução

Evento foi o primeiro depois da morte de Fidel Castro, em 25 de novembro, e homenageou o líder revolucionário; cúpula do governo da ilha e representantes de seus principais órgãos e da sociedade civil, assim como do corpo diplomático credenciado no país, participaram da parada militar

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HAVANA - O desfile militar pelo 58º aniversário da Revolução Cubana e os 60 anos do Exército Rebelde começou nesta segunda-feira, 2, em Havana, dedicado este ano ao ex-presidente Fidel Castro, morto em 25 de novembro, e conduzida por seu irmão, o presidente Raúl Castro.

Milhares de cubanos assistem a desfile na Praça da Revolução, com a juventude como protagonista de uma convocação que pretende reivindicar e demonstrar a vigência da Revolução que triunfou em 1º de janeiro de 1959.

Cubanos realizaram parada militar para celebrar o 58º aniversário da Revolução e homenagear o líder morto Fidel Castro Foto: AFP PHOTO / YAMIL LAGE

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A cúpula do governo da ilha e representantes de seus principais órgãos e da sociedade civil, assim como do corpo diplomático credenciado no país, estão presentes no parada militar, onde também foram vistos Dalia Soto del Valle, a viúva de Fidel Castro, e alguns de seus filhos.

Também estavam entre os convidados na tribuna o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como Timoleón Jiménez ou Timochenko, e o número 2 da guerrilha e chefe negociador no processo de paz desenvolvido em Havana durante os últimos quatro anos, Luciano Marín, conhecido como Ivan Márquez.

O desfile militar começou com o disparo de 21 salvas de artilharia e o primeiro bloco a marchar foi um pelotão de 128 cavaleiros que representou a cavalaria dos mambises das guerras de independência da ilha.

Em seguida entrou em cena, rodeado por 3 mil crianças, uma réplica da embarcação "Granma", com a qual Fidel Castro viajou do México junto com outros 82 expedicionários para iniciar a luta armada da revolução nas montanhas de Sierra Maestra contra o regime de Fulgencio Batista (1952-1959).

Pela emblemática Praça da Revolução de Havana, palco de eventos históricos da revolução castrista, entre passeatas e hinos desfilaram combatentes que participaram de missões internacionais, representantes de distintas tropas das Forças Armadas Revolucionárias (FAR), da Marinha de Guerra, do Ministério do Interior, de milícias e academias militares.

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Estudantes desfilam ao lado de réplica da embarcação Granma, com a qual Fidel Castro viajou do México junto com outros 82 expedicionários para iniciar a luta armada da Revolução Foto: EFE/Alejandro Ernesto

O último segmento da passeata foi integrado por membros das milícias universitárias, estudantes de escolas pedagógicas e trabalhadores de setores como a construção e o turismo, entre outros.

Depois dos contingentes institucionais, entrou em cena o chamado "povo combatente", com milhares de pessoas portando bandeiras cubanas, fotografias de Fidel Castro e de outros líderes revolucionários, e cartazes com mensagens como "Eu sou Fidel".

O desfile estava programado inicialmente para o dia 2 de dezembro, Dia das FAR, mas foi adiado por causa da morte de Fidel Castro em 25 de novembro, quando foram decretados nove dias de luto nacional. / EFE e AFP

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