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Cuba sai em defesa de Caracas diante de crítica americana

Por Carlos Batista e AFP
Atualização:

Cuba recebeu ontem a negociadora dos EUA que cuida do restabelecimento das relações entre os países, Roberta Jacobson, com uma contundente manifestação de apoio à Venezuela - diante das recentes sanções contra funcionários de Caracas impostas pelo governo de Barack Obama e das críticas de Washington à "ameaça" venezuelana à segurança nacional americana. Os meios de comunicação oficiais de Havana convocavam a população da capital cubana para comparecer a "um grande concerto em apoio ao povo e ao governo bolivariano e pela paz, a justiça e a unidade latino-americana". Segundo disse um dos organizadores do evento ao jornal 'Juventude Rebelde', vários artistas na escadaria da Universidade de Havana mostrariam "com sua arte o respaldo incondicional do povo cubano ao governo e povo bolivariano, que sofrem a recente escalada agressiva" por parte dos EUA. O Parlamento cubano, a União de Jornalistas de Cuba e outras organizações também emitiram notas de apoio a Caracas. "Os jornalistas cubanos e sua organização de classe desejam expor que não têm a menor dúvida de que o comportamento brutal dos EUA em relação ao povo venezuelano tem objetivo de preparar a opinião pública mundial para liquidar pela força o processo revolucionário iniciado pelo comandante Hugo Chávez Frías e, posteriormente, deter o avanço do processo de integração e unidade dos povos de nossa América." Obama pretende chegar à Cúpula das Américas - que acontecerá nos dias 10 e 11 no Panamá - com as relações diplomáticas já restabelecidas com Cuba. Mas, segundo disse o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, ao chegar em Caracas no sábado, "os EUA provocaram um dano grave ao ambiente hemisférico nas vésperas da Cúpula das Américas". "Teria que se perguntar com que objetivo" questionou o ministro ontem nos meios de comunicação cubanos.

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