Cubana de 227 quilos pede casa mais acessível aos médicos

Caridad Ortega, de 56 anos, é considerada uma das mulheres mais obesas de Cuba

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Por Agencia Estado
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Uma mulher cubana de 227,2 quilos, que desde setembro de 2006 não consegue se levantar de sua poltrona, tenta, há anos, sem sucesso, deixar seu imóvel, no quarto andar de um edifício, para uma residência mais acessível. Caridad Águeda Martín Ortega, de 56 anos, é considerada uma das mulheres mais obesas de Cuba, e sofre ainda de doenças como diabetes, hipertensão, hérnia umbilical e alto colesterol no sangue, que impossibilitam a cubana de subir e descer escadas. "Há sete meses estou ´presa´ em uma poltrona. Tenho 227 quilos, e já não controlo meu corpo", declarou a mulher. De acordo com o jornal, "uma inadequada prescrição médica e um tratamento irregular" afetaram, há mais de 27 anos, o funcionamento hormonal da mulher. Desde então, Caridad vem engordando excessivamente. "Antes ia a consultas médicas, mas a última vez que saí desta poltrona foi em 12 de setembro do ano passado. Aqui faço tudo: durmo, como, vivo", disse. "Quase não posso me movimentar", acrescentou Caridad, que afirmou que a única maneira pela qual pode deixar seu apartamento "é por meio de um guindaste dos bombeiros". "E nele (guindaste) não subo. Prefiro morrer aqui", afirmou. Caridad lembrou que, quando começou a engordar, pediu às autoridades competentes que a transferissem para um apartamento para no primeiro andar, "para facilitar sua ida às consultas médicas". No entanto, a cubana assegurou que "passaram anos, e nunca fizeram nem ao menos uma proposta para resolver o problema"."Já não agüento mais", disse. "O que preciso é que me atendam, e dêem às minhas filhas maior facilidade para poderem me transferir, em casos de consultas médicas e emergências", disse. Caridad esclareceu que não exige uma mudança de imóvel para o mesmo bairro, mas afirmou que nunca lhe foi feita nem ao menos "uma proposta oficial para outro município". O chefe do departamento de atendimento à população de habitação provincial de Havana, Claudio Crespo, reconheceu que "um ano é muito tempo" de espera para solucionar o caso da mulher, devido a seu estado de saúde. No entanto, Crespo disse que não há "neste momento um apartamento de três quartos, em andares inferiores, como ela quer", o que, segundo ele, "complica a solução". No entanto, o jornal cubano afirma que "comprovou que várias casas no município de Playa cumprem os requisitos de Caridad". A diretora de habitação de Playa, Bárbara Valmaña, admite que existem na região 29 imóveis disponíveis, mas declarou que "não tem poder para emitir disposição neste sentido".

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