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Cúpula de Cuba começa em Havana sem Fidel Castro

Segundo chanceler cubano, ausência de Fidel se deu devido ao impedimento dos médicos para que o presidente participasse das reuniões em Havana

Por Agencia Estado
Atualização:

A 14ª Cúpula de chefes de Estado e Governo do Movimento de Países Não-Alinhados (Noal) começou nesta sexta-feira em Havana com a ausência do presidente cubano, Fidel Castro, e sob a Presidência de seu irmão Raúl. A reunião foi inaugurada com um discurso do chanceler cubano, Felipe Pérez Roque, no qual abordou a melhora no estado de saúde de Fidel, embora tenha explicado que os médicos não permitiram o presidente liderasse a reunião. "Fidel se recupera com disciplina e otimismo insuperáveis, sua saúde melhora continuamente e sua recuperação é satisfatória", disse o ministro das Relações Exteriores cubano na inauguração Cúpula do Noal. No entanto, acrescentou, "apesar do rigor e da vontade com que segue seus tratamentos e fisioterapia, os médicos insistiram em que continue seu repouso" e, em conseqüência, "o companheiro Raúl Castro presidirá os trabalhos da Cúpula como presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros". "Quando estiver em condições plenas de assumir suas funções, Fidel exercerá a Presidência do Movimento dos Não-Alinhados", destacou o ministro cubano. Pérez Roque acrescentou que Fidel enviou aos participantes da Noal uma cópia do livro "Cem horas com Fidel", com uma dedicatória que explicava sua recuperação. O líder cubano, de 80 anos e que está a mais de 47 no poder, se viu obrigado a delegar provisoriamente o poder a seu irmão Raúl, em 31 de julho, após uma delicada intervenção cirúrgica no intestino. Após o discurso de Pérez Roque, o primeiro-ministro da Malásia, Abdullah Badawi, presidente em fim de mandato do Noal, iniciou seu discurso fazendo votos pela saúde de Fidel e "sua recuperação nestes momentos difíceis". O irmão de Fidel e presidente interino de Cuba, Raúl Castro, atua como anfitrião da reunião, que congrega mais de 50 governantes e dezenas de delegações oficiais, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e os presidentes de Venezuela, Bolívia, Irã e Paquistão, entre outros. Ao término da cúpula, sob o lema "Um mundo melhor é possível", está previsto que os líderes emitam no sábado, 16, uma condenação a Israel pela Guerra do Líbano; seu apoio para que o Irã desenvolva energia nuclear com fins pacíficos; e o respaldo aos Governos do venezuelano Hugo Chávez e do boliviano Evo Morales.

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