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Cúpula de Roma falha em encontrar uma solução para o Líbano

As autoridades internacionais disseram que concordam com a necessidade de enviar tropas sob as ordens da ONU para o sul do Líbano

Por Agencia Estado
Atualização:

Autoridades dos Estados Unidos, União Européia e de países Árabes se reuniram nesta quarta-feira para discutir a crise no Líbano, mas não conseguiram chegar a um acordo imediato para conseguir forçar um cessar-fogo entre Israel e Hezbollah. O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, pediu a criação de uma força multinacional para ajudar o governo do Líbano a retomar o controle de seu território e aumentar o poder da ONU para acabar com as armas do Hezbollah. Após escutarem o apelo dramático por paz do premier libanês, Fouad Saniora, as autoridades internacionais disseram que concordam com a necessidade de enviar tropas sob as ordens da ONU para o sul do Líbano. Embora oficiais tenham pedido o fim ida violência, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice disse que o cessar-fogo precisa ser "sustentável" para que não haja retorno a atual situação, mas ela, assim como a Grã-Bretanha, não se refere a Israel quando pede para que os ataques parem. Rice só disse que o governo de Israel precisa "parar com a violência excessiva". Essa posição coloca os EUA e a Grã-Bretanha à parte do resto dos países que compunham a mesa da cúpula, pois estes exigem que os ataques israelenses acabem em primeiro lugar. O ministro das Relações Exteriores da Itália, Massimo D´Alema, disse, se referindo ao cessar-fogo, que "para alcançar esse objetivo precisamos exercer uma grande pressão em todos os lados envolvidos, diretamente e indiretamente, para que o Hezbollah largue suas armas". Israel ainda não respondeu às críticas feitas. Autoridades israelenses concordaram com o envio de mais tropas multinacionais, reconhecendo que o fraco governo libanês. Saniora reconheceu que a ofensiva israelense começou devido as ações do Hezbollah, que invadiu a fronteira de Israel, matou oito soldados e seqüestrou outros dois, mas a resposta do governo hebreu está sendo "desproporcional". Os ataques continuam Mesmo sob os apelos de cessar-fogo feitos pela comunidade internacional, a localidade de Bint Jbeil, a maior cidade fronteiriça do sul libanês, foi cenário nesta quarta-feira de combates violentos entre o exército israelense e milicianos do Hezbollah, enquanto acontece em Roma a conferência que busca colocar fim a este conflito. Segundo o Hezbollah, houve "várias vítimas, entre mortos e feridos". O exército israelense teve que deixar no campo de batalha vários corpos, que poderiam ser utilizados depois pelo Hezbollah para eventuais trocas de prisioneiros. A rede de televisão Al Jazira afirmou que há pelo menos 13 soldados israelenses mortos, mas este número ainda não foi confirmado por fontes israelenses. Os combates em Bint Jbeil, que já duram 48 horas, coincidiram também com um grave ataque da aviação israelense contra um posto da Força Interina da ONU no Líbano (Finul) que matou quatro soldados das Nações Unidas. Matéria atualizada às 12h32

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