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Cúpula de Sevilha promete reprimir imigração ilegal

Por Agencia Estado
Atualização:

Cercados por forte esquema de segurança e em meio a uma greve geral na Espanha, os dirigentes da União Européia (UE) se preparavam nesta quinta-feira para participar de uma cúpula em Sevilha destinada a reformar as leis de imigração. Em uma carta enviada a seus 14 colegas da UE, o presidente do governo espanhol, José María Aznar, que ocupa a presidência rotatória da União, disse que a cúpula deve enviar uma "clara mensagem" aos cidadãos europeus de que a luta contra a imigração ilegal é uma das principais prioridades do grupo. "Tomaremos medidas duras contra a imigração ilegal e o tráfico de seres humanos... porque isto é um delito e uma afronta aos direitos humanos", disse Aznar em sua carta. Os dirigentes europeus colocaram o debate sobre a imigração no topo de sua agenda em Sevilha depois dos recentes triunfos eleitorais de candidatos de ultradireita, principalmente na França, Dinamarca e Holanda. As vitórias eleitorais de políticos ultradireitistas em vários países europeus fizeram soar o alarme na sede da UE em Bruxelas e levaram muitos a pensar que a organização perdeu contato direto com seus cidadãos. Os dirigentes europeus se dirigirão a Sevilha com o objetivo de analisar meia centena de propostas para reduzir o número de imigrantes sem documentos que chegam diariamente ao bloco de 15 países. No entanto, persistem desacordos importantes, como sobre a proposta de sanções contra os países pobres que não cooperem na tarefa de cortar a corrente imigratória. À véspera da cúpula, uma greve geral paralisou grande parte de Sevilha e da Espanha e obrigou muitos dos participantes na reunião a retardarem sua chegada à cidade.

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