Cúpula do Exército reafirma apoio a Maduro antes de posse na Venezuela

Maduro será empossado pelo Tribunal Supremo de Justiça, e não pelo Legislativo, controlado pela oposição e que ignora sua reeleição

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - O alto comando da Força Armada da Venezuela reafirmou nesta terça-feira seu apoio ao presidente Nicolás Maduro, nas vésperas de sua posse para um segundomandato, não reconhecido pelo Parlamento e por grande parte da comunidade internacional.

A Força Armada manifesta "irrestrito apoio e lealdade absoluta ao cidadão Nicolás Maduro como presidente constitucional" e "comandante para o período 2019-2025", declarou o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, acompanhado da cúpula militar.

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (centro), caminha ao lado do ministro de Defesa, Vladimir Padrino Lopez (dir.), em evento do Dia da Guarda Nacional Foto: Miraflores Palace/Handout via REUTERS

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Maduro será empossado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), e não pelo Legislativo, controlado pela oposição e que ignora sua reeleição.

Maikel Moreno, presidente do TSJ, convocou Maduro para a posse às 10H00 local (12H00 Brasília) desta quinta-feira.

O Parlamento, que qualificou Maduro de "usurpador" no sábado passado, começou nesta terça-feira adebater fórmulas para promover a "transição política" na Venezuela.

Padrino manifestou sua "profunda indignação e rejeição categórica" à declaração do Grupo de Lima, que com o apoio dos Estados Unidos pediu - na sexta-feira passada - que o líder venezuelano entregasse o poder à Assembleia Nacional, controlada pela oposição.

Nesta terça-feira, a Assembleia Constituinte, integrada por representantes do chavismo, decretou que os opositores que apoiaram a declaração do Grupo de Lima serão investigados por traição à pátria.

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Ordenamos uma "investigação imediata por traição à pátria sobre todos que aderiram à declaração do mal do chamado Grupo de Lima", disse o presidente da Constituinte, Diosdado Cabello.

A declaração do Grupo de Lima incluiu um ponto que rejeita "qualquer provocação ou movimentação militar que ameace a paz e a região", e pede a Maduro que desista de "ações que violem os direitos soberanos de seus vizinhos".

Em relação a este ponto, Cabello declarou que "a defesa da nossa soberania é uma questão de Estado que está acima de qualquer divergência política ou ideológica". / AFP

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