Os líderes do G-8 prometeram US$ 20 bilhões durante os próximos três anos para financiar projetos agrícolas em países em desenvolvimento e ajudar a combater a fome e a volatilidade dos preços dos alimentos.
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O plano de segurança alimentar apoiado pelos EUA tem como objetivo fornecer sementes, fertilizantes e infraestrutura aos produtores agrícolas mais pobres para aumentar a produção alimentar. Em comunicado divulgado hoje, o governo de Barack Obama afirma que vai conceder pelo menos US$ 3,5 bilhões para o fundo durante um período de três anos.
O plano reflete uma mudança do tipo de ajuda. Até agora, a maior parte dos recursos destinados ao combate à fome em países pobres, especialmente na África, era sob a forma de doações de alimentos ou de ajuda emergencial.
Obama reuniu-se com líderes da Argélia, Angola, Etiópia, Nigéria e Senegal, e também com o presidente da União Africana e da Líbia, Muamar Kadafi, no último dia da reunião expandida do G-8 dedicada a ajudar a África. Ainda hoje, deve ir para Gana.
A Organização das Nações Unidas (ONU) dizem que o número de pessoas desnutridas subiu nos dois últimos anos e deve chegar a 1,02 bilhão este ano, revertendo quatro décadas de tendência de declínio.
Não ficou claro quanto dos 20 bilhões de dólares representam recursos novos e quanto caberá a cada país.
Além dos 3,5 bilhões dos EUA, Japão e União Europeia deverão contribuir com 3 bilhões de dólares cada. O foco em investimentos na agricultura reflete uma mudança conduzida pelos EUA, de ajuda assistencial de emergência para estratégias de longo prazo para tentar tornar as comunidades mais autossuficientes.