
30 de novembro de 2009 | 11h31
O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, disse que é preciso ainda um "acordo nacional" em Honduras. Segundo ele, será também importante a decisão desta quarta-feira do Congresso hondurenho, quando se debaterá a volta ou não do presidente deposto, Manuel Zelaya. A Espanha ainda não informou se pretende ou não reconhecer a vitória de Lobo.
O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou que a maioria dos chanceleres latino-americanos decidiram não reconhecer as eleições e disse a um grupo de jornalistas que "apenas um país afirmou que reconheceria as eleições hondurenhas".
Na pauta da 19ª Cúpula Ibero-americana estão inovação e desenvolvimento sustentável. Além disso, os líderes presentes devem discutir economia e mudanças climáticas e deve ser firmado um programa transnacional de inovação e desenvolvimento industrial.
Ordem democrática
Zapatero afirmou hoje que a estabilidade democrática em Honduras pode ajudar na conclusão das negociações de um acordo de comércio entre a América Central e a União Europeia. Durante um café da manhã com presidentes centro-americanos, ele não deixou claro se a Espanha aceitará o resultado das eleições presidenciais hondurenhas de domingo.
O primeiro-ministro espanhol notou, apesar disso, que todas as partes envolvidas precisam chegar a um acordo para restaurar a ordem democrática. "A ruptura institucional agora tem outros protagonistas", disse ele durante o encontro, segundo uma porta-voz do escritório do primeiro-ministro. Zapatero alegou que os líderes presentes trabalham para produzir um comunicado conjunto sobre a situação em Honduras.
A ministra das Relações Exteriores de Zelaya, Patricia Rodas, está em Estoril. Ela pretende ganhar apoio para a volta de Zelaya ao posto. Os Estados Unidos já sinalizaram que devem reconhecer as eleições realizadas ontem, junto com Peru, Panamá, Costa Rica e Colômbia. Já Brasil, Argentina e Venezuela afirmaram que não reconhecerão a disputa.
Zapatero também disse que buscará aproveitar o período em que a Espanha estará na presidência da UE, na primeira metade de 2010, para fechar um acordo de comércio com a América Central. Segundo ele, as duas regiões já são muito próximas no diálogo político, na cooperação e em assuntos de comércio. "Nós nunca estivemos mais perto de um acordo." A UE e a América Central lançaram conversas formais para buscar um acordo de comércio em 2006. Com informações da Dow Jones.
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