
30 de setembro de 2010 | 15h45
Karialan pediu aos líderes turcos que abram negociações sobre as exigências do PKK por maior autonomia do sudeste da Turquia. "É óbvio que o processo vai se transformar num cessar-fogo infinito se os esforços para estimular a confiança mútua ocorrerem no próximo mês", disse. "Caso contrário, vamos reconsiderar nossa proposta", acrescentou Karialan, que falou com os jornalistas de uma base do PKK nos montes Qandil, ao noroeste de Sulaimaniyah, no Curdistão iraquiano.
O PKK iniciou seu cessar-fogo unilateral em meados de agosto, para marcar o mês islâmico do Ramadã. Karialan elogiou o diálogo que o governo turco abriu com o líder encarcerado do PKK, Abdullah Ocalan, e afirmou que o grupo separatista declarou a trégua unilateral após ter recebido uma mensagem de Ocalan, que cumpre pena de prisão perpétua na ilha de Imrali, perto de Istambul.
O PKK conduz uma guerra contra o governo turco desde 1984, na qual já foram mortas mais de 30 mil pessoas. O grupo, que antes defendia a independência dos curdos no sudeste da Turquia, agora luta por maior autonomia.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.