
16 de setembro de 2011 | 00h00
O líder espiritual tibetano dalai-lama chegou ontem a São Paulo vindo da Argentina, onde, por pressões do governo chinês, foi impedido de ser condecorado pelo governo federal e pela cidade de Buenos Aires. Ontem, o dalai participou de um encontro a portas fechadas com empresários e religiosos, que pagaram R$ 500 para assistir ao líder tibetano.
É a quarta vez que Tenzin Gyatso, o 14.º dalai-lama, visita o Brasil. Hoje, ele concede entrevista coletiva à imprensa. No sábado, participa de um simpósio - também pago - voltado para a comunidade científica. A única atividade gratuita será também no sábado, às 9h30, no Pavilhão de Exposições do Anhembi.
Em 1959, a repressão obrigou o dalai-lama a deixar a China e a exilar-se na Índia. Pequim o receberia de volta se ele abrisse mão das atividades separatistas e aceitasse o Tibete como província chinesa. No início do ano, o líder tibetano renunciou à liderança política dos exilados, mas manteve suas atividades diplomáticas. Em julho, foi recebido pelo presidente dos EUA, Barack Obama.
O Brasil é a última escala do dalai-lama na América Latina. Ele passou pelo México e Argentina, onde disse estar "muito feliz" por ter delegado suas funções políticas a Lobsang Sangay, jurista educado em Harvard que o substituiu em agosto. / EFE
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