17 de abril de 2010 | 03h12
O líder espiritual do budismo, o Dalai Lama, disse neste sábado, 17, que está disposto a visitar as zonas mais afetadas pelo terremoto na China para consolar a população sobrevivente.
"Estou muito preocupado com os feridos e as famílias das vítimas do terremoto na região de Yushu, no Tíbete. Gostaria de ir até lá para consolá-los", disse o Dalai Lama em comunicado emitido por sua assessoria.
O terremoto, de 7,1 graus na escala Richter, castigou pesadamente a província chinesa de Qinghai, causando ao menos 1.339 mortos e 11.849 feridos. A busca pelo sobreviventes continua.
"Devido à distância física entre nós, estou atualmente incapaz de proporcionar consolo aos afetados. Peço à comunidade monástica, aos jovens e aos indivíduos de áreas próximas que ajudem e apoiem às famílias que tenham perdido tudo", solicitou o líder espiritual.
O Dalai Lama aproveitou para felicitar o primeiro ministro chinês, Wen Jiabao, e outras autoridades do país por terem visitado às áreas afetadas pelo terromoto. Ele também pediu para que seja dado acesso livre aos veículos de comunicação e às agências de ajuda internacionais para que estas possam auxiliar aos feridos e familiares das vítimas.
Corpos incinerados
Centenas de corpos das vítimas do terremoto que castigou na quarta-feira, 14, a província chinesa de Qinghai, causando pelo menos 1.144 mortes, foram incinerados neste sábado, 17, na região, informou a imprensa.
Mais de mil monges budistas se reuniram na cidade de Jiegu, um dos lugares mais afetados, para rezar pelos falecidos no terremoto. As autoridades se comprometeram a respeitar os costumes funerários enquanto controla a prevenção de possíveis epidemias na zona do terremoto.
O terremoto teve epicentro no distrito de Yushu, na província autônoma tibetana de mesmo nome, em uma altitude de quatro mil metros acima do nível do mar, e cuja população está composta por 90% de tibetanos.
O porta-voz do quartel do serviço de emergências, Xia Xueping, declarou que 11.744 pessoas estão feridas, e que 1.179 que estão em estado grave foram levadas aos hospitais mais próximos.
Além disso, ainda há muita gente que permanece soterrada entre os escombros e milhares de soldados, policiais, bombeiros e trabalhadores médicos de todo o país foram mobilizados para participar da missão de salvamento.
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