'Damas de Branco' são hostilizadas em Cuba

Mulheres que defendem direitos de prisioneiros políticos foram cercadas por simpatizantes do governo.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil
Atualização:

HAVANA - Partidários do governo de Cuba impediram um grupo de mulheres conhecidas como "Damas de Branco" de realizar uma marcha no domingo em Havana em defesa dos direitos de prisioneiros políticos. A multidão cercou e insultou por cerca de sete horas as mulheres - que são esposas e mães de prisioneiros políticos. As Damas de Branco vêm realizando marchas semanais todos os domingos na saída da missa há vários anos. No começo deste mês, simpatizantes do governo passaram a hostilizar o grupo. As mulheres permaneceram quietas diante dos insultos da multidão. As autoridades cubanas afirmam que as Damas de Branco não têm autorização para marchar em Havana. Segundo o correspondente da BBC em Havana Michael Voss, o governo cubano nega a existência de presos políticos no país, afirmando que as pessoas que estão detidas são mercenários a serviço do governo dos Estados Unidos. Recentemente, o presidente de Cuba, Raul Castro, disse que países ocidentais lançaram uma campanha para difamar o país, provocando incidentes como esse. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.