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De Hoop Scheffer volta a pedir à Otan reforços para o Afeganistão

A Isaf se viu surpreendida pelo "nível de intensidade" da resistência dos talibãs no sul do país

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jaap de Hoop Scheffer, expôs nesta segunda-feira ao Conselho Atlântico a importância de serem enviados reforços ao sul do Afeganistão, onde a Aliança leva a cabo uma ofensiva sem precedentes contra os insurgentes talibãs, informou seu porta-voz, James Appathurai. De Hoop Scheffer participou de uma reunião "informal" com os embaixadores dos 26 países-membros da Otan, com vistas à conferência de quarta-feira no quartel-general de Mons, ao sudeste de Bruxelas. Neste encontro, declarou Appathurai, serão pedidas aos representantes militares da organização mais forças para o Afeganistão. O recrutamento de mais tropas para o sul afegão será discutido pelos ministros das Relações Exteriores da Otan em Nova York, no dia 21 de setembro, à margem da Assembléia Geral da ONU, segundo fontes diplomáticas aliadas. Appathurai declarou que o secretário-geral também comunicou nesta segunda-feira aos embaixadores dos países aliados os resultados da reunião realizada neste fim de semana, em Varsóvia, pelos chefes de Estado-Maior dos países-membros. O comandante supremo aliado para a Europa, general James L. Jones, pediu em Varsóvia às 26 nações que integram a Otan que, até o fim deste mês, cumpram "plenamente" os compromissos assumidos com a expansão da Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf). Jones explicou à imprensa na semana passada que só foram enviadas ao sul do Afeganistão no dia 31 de julho 85% das forças prometidas pelos países-membros. O general reconheceu que a Isaf se viu surpreendida pelo "nível de intensidade" da resistência dos talibãs nessa região, e fez um chamado às nações para que enviem os 15% de tropas restantes. De Hoop Scheffer lembrou nesta segunda-feira que os atentados de 11 de setembro nos EUA originaram a presença da Aliança no Afeganistão. "Devemos seguir reforçando nossa aliança, política e militarmente, para fazer frente a este novo desafio, e equipar a Otan para que possa lidar com o terrorismo e qualquer novo perigo que surja", destacou em uma cerimônia por ocasião do quinto aniversário dos atentados contra Nova York e Washington.

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