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De la Rúa vende bens pessoais para cobrir gastos

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário-geral da presidência argentina, Nicolás Gallo, afirmou nesta sexta-feira que "não é justo" que o presidente Fernando de la Rúa não receba um salário suficiente para cobrir seus gastos, e que tenha que vender parte de seus bens pessoais e pedir dinheiro emprestado a amigos para pagar suas dívidas. "Não é justo, mas esta é a realidade de hoje", disse Gallo, que além de secretário é amigo pessoal de De la Rúa. Ele esclareceu, no entanto, que não conhece em detalhes a situação financeira do presidente, "porque entre amigos não se fala deste tema". Em um diálogo informal mantido com o jornal La Nación, De la Rúa confessou que seu salário "não é suficiente" para cobrir a manutenção de suas residências particulares ou o pagamento de salários de seus funcionários, entre outros gastos. Por esta razão, De la Rúa afirmou que está vendendo parte de ações que possui na bolsa de valores, dois lotes na província de Buenos Aires, além de ter pedido empréstimos a amigos. Embora o presidente não tenha mencionado, alguns de seus amigos afirmaram ao La Nación que ele também estaria vendendo um apartamento na capital, no qual vivia antes de assumir o poder e mudar-se para o palácio de Olivos. A princípio, De la Rúa não quis informar ao jornalista o quanto recebe como presidente, mas depois escreveu o valor em uma folha em branco: US$ 3,500.00. "Não quero falar em números porque sempre é muito se for analisado pela ótica daqueles que não têm trabalho", afirmou. Além do salário que recebe como presidente, De la Rúa tem rendimentos de uma mina que é explorada juntamente com amigos, da qual possui 10% das ações.

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