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De luto, Rússia reforça segurança

Milhões em Moscou continuam usando o metrô nesta terça; governo teme novos ataques

Por BBC Brasil
Atualização:

 

 

MOSCOU - As autoridades da Rússia reforçaram a segurança em diversas partes do país nesta terça-feira, 30, um dia depois de dois atentados com bombas matarem pelo menos 39 pessoas no metrô de Moscou.

 

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Policiais e agentes foram destacados para reforçar a segurança em estações de metrô e aeroportos. As autoridades russas temem que as explosões de segunda-feira, atribuídas a grupos separatistas do Cáucaso, deem início a uma nova onda de ataques no país.

 

Na manhã de segunda-feira, duas mulheres-bomba detonaram explosivos embalados com pedaços de metal nas estações de Lubyanka e Park Kultury em horário de grande movimento. O presidente russo, Dmitry Medvedev, disse que é preciso haver mais atenção dos agentes para os meios de transporte. "Tudo que foi feito até agora precisa ser reforçado", disse o presidente, segundo a agência russa de notícias Tass. "Aparentemente, as medidas tomadas até agora não foram suficientes", completou. Luto Em meio à segurança reforçada, a capital russa observa um dia de luto em homenagem às 39 vítimas dos atentados no metrô da cidade. Os primeiros enterros das vítimas acontecerão nesta terça-feira. Apesar dos temores de novos ataques, milhões de pessoas continuaram usando o metrô nesta terça. Muitos russos acenderam velas e colocaram flores nas estações de Lubyanka e Park Kultury.Desde os atentados, outras quatro pessoas que estava em estado grave morreram no hospital. As autoridades russas acreditam que o número de mortos ainda pode subir.Em observação do luto, os principais canais de televisão da Rússia mudaram suas programações, retirando do ar alguns anúncios e alguns programas de diversão. Autoria dos atentados O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, prometeu que os responsáveis pelos atentados serão "destruídos". Ele visitou alguns dos feridos nos atentados no hospital. O atentado na estação de Lubyanka aconteceu no mesmo local onde funciona o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia. O chefe do FSB, Alexander Bortnikov acredita que os atentados foram cometidos por "grupos terroristas relacionados ao Norte do Cáucaso", onde fica a Chechênia. "Esta provavelmente será nossa principal conclusão, porque fragmentos dos corpos de duas mulheres-bomba foram encontrados mais cedo no local dos incidentes e os exames mostram que esses indivíduos vieram do Norte do Cáucaso", disse ele. Até agora nenhum grupo assumiu a autoria do atentado, mas no passado, outros ataques na capital foram realizados ou atribuídos a rebeldes islâmicos que lutam pela independência chechena. Há seis anos, dois atentados no metrô de Moscou mataram pelo menos 50 pessoas. Aqueles ataques foram atribuídos a separatistas chechenos. Na ocasião, o líder rebelde checheno Doku Umarov assumiu responsabilidade pelos atentados. No mês passado, ele havia prometido levar a guerra às cidades russas. O líder da Chechênia, Ramzan Kadyrov, que é apoiado pela Rússia, condenou os ataques à capital russa e prometeu cooperar com as autoridades para achar os culpados. Mais de 100 mil pessoas morreram nos últimos 15 anos na Chechênia devido a conflitos entre o governo e rebeldes.

 

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