24 de outubro de 2010 | 08h39
Nenhuma das figuras de apelo nacional dessas eleições de meio de mandato disputa um cargo público. Mas, pelo menos duas delas - Obama e Palin - claramente ambicionam concorrer pela presidência em 2012. Para ambos, o novo Congresso refletirá as vantagens e dificuldades que terão nos próximos dois anos. No caso de Obama, significará a própria sobrevivência de sua proposta de "mudança".
"Mesmo que os republicanos obtenham a maioria apenas na Câmara dos Deputados e não consigam o mesmo no Senado, o governo Obama estará acabado", avaliou Julio Carrion, professor de Ciências Políticas da Universidade de Delaware. "Nos EUA, o Congresso concentra muito poder. A possibilidade de a Casa Branca conseguir aprovar seus projetos em um Legislativo dominado pelos republicanos será quase nula."
Com o risco de perda da maioria democrata nas duas Casas, como mostram as recentes pesquisas de intenção de voto, não foi apenas Obama quem saiu em caravana para apoiar e ajudar seus companheiros de partido. Clinton também abandonou o conforto dos bastidores.
Revolução republicana
Segundo um de seus amigos próximos confidenciou ao Washington Post, sua frustração com a falta de competência dos democratas em apresentar uma mensagem clara e coerente aos eleitores o levou às ruas. Como presidente, Clinton foi derrotado nas eleições de meio de mandato de 1994 - a chamada "Revolução republicana".
Nos últimos dias, em eventos em quadras de basquete, hangares de aeroportos e colégios, Clinton ajudou a levantar fundos para a reeleição da senadora Patty Murray, do Estado de Washington, do senador Harry Reid, de Nevada, e do governador Martin O?Malley, de Maryland, bem como na disputa de Kendrich Meek pela vaga da Flórida no Senado. Na próxima semana, Clinton ajudará em Ohio, Pennsylvania e Kentucky.
O próprio Obama movimenta-se intensamente pelo país desde o início de setembro. Visitou 22 cidades até ontem, quando desembarcou em Minneapolis, para apoiar o candidato a governador, Mark Dayton. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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