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De olho em turbinar comércio bilateral, Rohani chega à França

Empresas francesas têm interesse em investir no Irã após o fim das sanções impostas ao programa nuclear do país

Por Andrei Netto
Atualização:
Hassan Rohani Foto: AP

PARIS - Depois de sua passagem controvertida pela Itália, onde encontrou-se com o primeiro-ministro Matteo Renzi e com o papa Francisco, o presidente do Irã, Hassan Rohani, chegou ontem com sua delegação de ministros e empresários a Paris. O primeiro compromisso da agenda foi uma reunião com empresários na sede do maior sindicato patronal, o Movimento das Empresas da França (Medef), reunião que deu o tom do interesse das duas partes no aumento do comércio bilateral. Ontem o presidente e sua delegação foram pelos empresários, pelo primeiro-ministro, Manuel Valls, e pelo ministro da Economia, Emmanuel Macron, na abertura do Fórum de Negócios do Medef. Na reunião estavam representantes de grandes conglomerados empresariais da França, como Airbus, Total, Peugeot e Renault.  Para as companhias do país, o interesse é aproveitar as oportunidades abertas pelo fim progressivo das sanções impostas pela comunidade internacional em razão do programa nuclear iraniano. Rohani também não esconde o interesse econômico de sua vinda à Europa. Um dos contratos que deve assinar em Paris dirá respeito à compra de 114 aviões da Airbus. No plano político, os contatos serão aprofundados hoje. O principal encontro será no Palácio do Eliseu entre François Hollande e Rohani, seguido de um pronunciamento à imprensa. Na pauta da reunião está o próprio retorno do Irã à comunidade internacional.  Para Bernard Hourcade, especialista em Irã e diretor de pesquisas emérito do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), a visita é crucial do ponto de vista político. “É importante fazer com que a França seja um ator da reconciliação”, entende o geógrafo.

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