SÃO PAULO - O administrador Luiz Marcelo Moraes, de 50 anos, encerrou os 42.195 metros da Maratona de Boston em 3h40 - cerca de 20 minutos antes das duas explosões ocorridas na altura da linha de chegada.
"Terminei a prova e até pegar a mochila, o kit, estava saindo do local quando aconteceram as explosões. De repente, veio o silêncio", contou o maratonista, que disputou a prova pela segunda vez. "Estive aqui uns três anos atrás. Esta é uma prova super especial, difícil, competitiva."
Moraes está hospedado em um hotel que não fica muito distante do ponto em que o percurso da maratona termina - o local não foi evacuado, ao contrário de outros edifícios. "Logo começaram as sirenes dos carros de polícia, das ambulâncias, e se deslocar ficou muito difícil. É um desespero, uma cena de violência a qual não estamos acostumados."
Segundo o administrador, a cidade está deserta. "Não há ninguém na rua". Sua vontade, agora, é a de voltar o mais rápido possível para o Brasil. Após as explosões, o espaço aéreo da cidade foi fechado, mas Moraes espera que essa situação se reverta nesta terça-feira. "Tenho voo marcado para amanhã, via Nova York, e espero que já esteja tudo ok."