
08 de novembro de 2012 | 11h10
PEQUIM - No último discurso que realizou na condição de líder do Partido Comunista da China, Hu Jintao apresentou nesta quinta-feira, 8, o combate à corrupção como condição essencial para a sobrevivência da organização e a estabilidade política do país. Segundo ele, a falha no controle de irregularidades pode causar "o colapso do partido e a queda do Estado".
A organização foi abalada este ano pelo escândalo em torno de Bo Xilai, cuja trajetória revelou a fragilidade dos limites ao abuso de poder e ao enriquecimento ilícito dos ocupantes de cargos de comando no país.
Antes dele, o ministro das Ferrovias, Liu Zhijun, havia sido afastado do cargo sob a suspeita de receber propinas de 800 milhões de yuans (R$ 260 milhões). Ambos foram expulsos do partido e aguardam julgamento.
A versão escrita do discurso de Hu tinha um apelo que foi omitido na leitura do texto que ele realizou no plenário do Grande Palácio do Povo, em Pequim: "[Os líderes] devem exercer estrita autodisciplina e fortalecer a educação e supervisão sobre seus familiares e assessores".
A poucos passos de Hu estava o primeiro-ministro Wen Jiabao, cuja família detém uma fortuna de US$ 2,7 bilhões, de acordo com reportagem publicada pelo The New York Times há duas semanas.
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