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Decisão de retirar bandeira iraquiana no Curdistão é criticada

Segundo a Comissão de Ulemás Muçulmanos (UCM), maior autoridade sunita no Iraque, decisão "não se justifica", e não pode ser aceita "sob nenhum pretexto"

Por Agencia Estado
Atualização:

A Comissão de Ulemás Muçulmanos (UCM), a maior autoridade sunita no Iraque, criticou neste sábado a decisão do presidente da região autônoma do Curdistão, Masud Barzani, de retirar a bandeira iraquiana dos edifícios governamentais. O escritório do Partido Democrático Curdo (KDP) presidido por Barzani, divulgou na sexta-feira um comunicado que em que o líder ordenava a retirada da bandeira iraquiana dos edifícios governamentais, deixando içada somente a da região autônoma. Segundo a nota, a bandeira iraquiana será exibida somente durante os eventos e celebrações nacionais. De acordo com a Comissão de Ulemás, esta decisão "não se justifica", e não pode ser aceita "sob nenhum pretexto". "Medidas como esta levam ao federalismo. Estes grupos políticos aproveitam-se da situação atual do Iraque para servir a seus próprios interesses", afirmou. A região autônoma do Curdistão compreende as províncias de Arbil, Suleimaniya e Dahuk, situadas no norte do Iraque, e é habitada por mais de quatro milhões de curdos-iraquianos. Esta foi a primeira reação oficial à repentina decisão, considerada como um passo a mais rumo à independência do território curdo, autônoma desde 1991.

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