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Defesa de Saddam protesta contra detenção de testemunhas

Além disso, os advogados disseram que algumas das testemunhas foram espancadas por agentes de segurança

Por Agencia Estado
Atualização:

Os advogados de defesa do presidente iraquiano deposto Saddam Hussein protestaram nesta segunda-feira contra a detenção de quatro de suas testemunhas e denunciaram que algumas delas foram espancadas por agentes de segurança. O presidente do tribunal especial que julga Saddam e outros sete réus pela morte de 148 árabes xiitas em Dujail na década de 80 disse que as testemunhas foram detidas sob suspeita de perjúrio. As testemunhas foram presas na semana passada depois de depoimentos prestados perante a corte presidida por Raouf Abdel-Rahman. Uma das testemunhas detidas disse perante a corte que algumas das pessoas que teriam sido mortas em Dujail ainda estão vivas. "Duas delas foram detidas ainda no interior da corte e outras duas dentro da Zona Verde", queixou-se o advogado de defesa Khamis al-Obeidi. "Elas foram espancadas pelo Exército iraquiano", prosseguiu. "Elas (as testemunhas) cometeram perjúrio. Eu deveria recompensá-las por isso?", respondeu Raouf Abel-Rahman. As detenções ocorreram depois de uma tumultuada sessão na qual uma testemunha disse ter sido abordada pelo chefe da promotoria, Jaafar al-Moussawi. O promotor teria tentado subornar a testemunha para depor contra Saddam. Moussawi negou a denúncia. Na audiência desta segunda-feira, Abdel-Rahman manifestou impaciência com a argumentação da defesa e gritou com os advogados em diversas ocasiões.

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