26 de maio de 2011 | 17h33
NOVA YORK - Os advogados de defesa do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmaram nesta quinta-feira, 26, ter elementos suficientes para contrariar as denúncias contra seu cliente, assim como colocar em xeque a credibilidade da suposta vítima que o acusa de crimes sexuais. As informações estão em uma carta enviada ao promotor de Nova York que foi obtida pela agência AFP.
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No texto, destinado ao promotor Cyrus Vance, os representantes de Strauss-Kahn, William Taylor e Benjamin Brafman, denunciam o vazamento de informações sobre o caso à imprensa por parte da polícia, o que teria prejudicado o ex-chefe do FMI. "Se quiséssemos alimentar a imprensa de forma indevida, poderíamos divulgar agora informações que colocariam em xeque tanto a acusação quando a credibilidade da denunciante", escrevem os advogados, sem dar mais detalhes.
Strauss-Kahn foi preso no dia 14 de maio acusado de tentar estuprar uma camareira do hotel onde estava hospedado. Ele permaneceu preso alguns dias e posteriormente foi libertado após pagar a fiança de US$ 1 milhão. Atualmente, é mantido sob prisão domiciliar. Durante o processo, ele pediu demissão. Seu julgamento está marcado para o dia 6 de junho.
O FMI, que ainda não definiu seu novo diretor-gerente, se mostrou disposto a cooperar com a investigação sobre o caso de Strauss-Kahn. "Atuaremos domo bons cidadãos dos Estados Unidos, que é onde estamos", disse a porta-voz do órgão, Caroline Atkinson. Ela disse que será oferecida "cooperação total" no processo.
A porta-voz acrescentou que os assessores jurídicos do FMI não entraram em contato com Strauss-Kahn, sugerindo que o caso que o envolve não diz respeito ao órgão. "O ex-diretor-gerente está envolvido em um processo legal. Não queremos participar e creio que não será apropriado participar disso com comentários", finalizou.
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