Defesas antiaéreas da Síria abatem mísseis, diz televisão estatal

Segundo a TV, tentativa de ataque mirava a base de Shayrat, em Homs; Pentágono nega envolvimento dos Estados Unidos

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Por Redação
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HOMS - As defesas antiaéreas da Síria responderam a um ataque com mísseis sobre Homs que visava a base aérea de Shayrat na noite desta segunda-feira, 16, informou a televisão estatal síria.

O Centro de Pesquisas Cientifícas da Síria foi um dos alvos dos mais de 100 mísseis usados no ataque promovido por EUA, França e Reino Unido; o governo sírio afirmou que o local era usado para pesquisas farmacêuticas.. (AP Photo/Hassan Ammar) Foto: AP Photo/Hassan Ammar

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De acordo com a TV, os mísseis foram abatidos pelas defesas antiaéreas do país. A reportagem da televisão estatal, no entanto, não especificou quem pode ter disparado os mísseis.

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A televisão estatal síria qualificou de "agressão" a entrada de mísseis no sistema aéreo de Homs.

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O Pentágono negou qualquer envolvimento dos Estados Unidos. "Não há atividade militar dos Estados Unidos naquela região no momento", afirmou o porta-voz Eric Pahon.

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A base aérea de Shayrat é a mesma que foi atacada em 6 de abril do ano passado pelos Estados Unidos, quando o país acusou o governo sírio de usar armas químicas pela primeira vez.

No fim de semana, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido lançaram um ataque contra instalações suspeitas de serem usadas no armazenamento de armas químicas depois da denúncia de um ataque com esse tipo de armas contra Duma, cidade de Goutha Oriental, nos subúrbios de Damasco.

Inspetores de armas químicas enviados à Síria disseram suspeitar que o local onde teria ocorrido um ataque químico tenha sido adulterado, em meio a declarações divulgadas pela mídia pró-governo de médicos da área dizendo que o ataque não ocorreu e as vítimas haviam sido tratadas de asma.

Um funcionário russo, Igor Kirillov, disse que os investigadores poderão visitar Duma nesta terça-feira, 17. Ele explicou que a visita ocorrerá após a remoção das minas plantadas pelos rebeldes na estrada de Damasco a Duma.

Testemunhas, sobreviventes e funcionários de hospitais disseram à imprensa que havia muitas pessoas sendo tratadas com dificuldade de respirar na noite em que as vítimas exalaram um forte cheiro de cloro, que no passado foi amplamente usado como arma de guerra.

Em entrevista divulgada pela TV pró-governo, 13 funcionários de hospitais, incluindo nove médicos, disseram que, pelos sintomas, as pessoas estavam com asma e não haviam sofrido com ataque com gás. / REUTERS E AFP