Delegação russa tenta conter conflito interno na Síria

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

Um grupo de legisladores russos chegou hoje à Síria, em uma tentativa de encerrar a onda de conflitos no país, em meio a relatos de que as forças de segurança do presidente Bashar al-Assad mataram mais dois manifestantes. A Rússia é uma tradicional aliada do regime sírio e a delegação deve se encontrar com Assad e líderes da oposição."A Rússia se preocupa com o destino do povo sírio. É por isso que nós queremos encontrar uma forma de interromper esses desdobramentos negativos", disse Ilyas Uumakhanov, vice-presidente da Câmara Alta russa, segundo a agência de notícias Interfax. "A Rússia é contra qualquer interferência nos problemas internos da Síria e está pronta para ajudar no que for possível para o diálogo político interno, que deve acontecer em uma atmosfera pacífica, sem vítimas. Nós pretendemos avaliar a situação e liderar as conversas com forças políticas opostas", acrescentou.A agência de notícias síria SANA informou que o grupo começou uma visita de quatro dias ao país para se encontrar com "políticos independentes e a oposição". Não foi divulgada uma data da reunião com Assad e não está claro com quais forças da oposição a delegação pretende se encontrar.A Rússia continua a apoiar Assad apesar da violenta repressão do regime contra os protestos, que segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) já deixou mais de 2,6 mil pessoas mortas. Moscou não concorda com as sanções impostas pelo Ocidente ao regime de Assad e diz que os manifestantes também devem ser cobrados, pois se recusam a dialogar diretamente com o presidente.Hoje, as forças de segurança mataram duas pessoas na cidade de Khan Sheikhun, na província de Idlib, segundo o grupo Observatório Sírio para Direitos Humanos. Já a SANA divulgou que um soldado foi morto e outro ficou ferido em uma emboscada de um "grupo terrorista armado", na mesma cidade. A agência também informou que cinco soldados foram mortos e um sexto ficou ferido em uma emboscada na cidade de Homs. As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.