As delegações negociadoras das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do governo do presidente colombiano Juan Manuel Santos, que voltaram a se reunir nesta semana em Havana, Cuba, após o acordo no qual trabalharam nos últimos quatro anos ser rejeitado pela população no plebiscito do domingo, afirmaram nesta sexta-feira, 7, que continuam seguindo o cronograma definido no pacto e decidiram criar um “protocolo” para garantir a continuidade do cessar-fogo bilateral e prevenir “qualquer incidente” em um momento de incerteza política.
O cessar-fogo bilateral e definitivo foi decretado 29 de agosto, um dia após governo e guerrilha chegarem ao acordo final de paz. No entanto, nesta semana o tema causou preocupação porque, após a vitória do "não" na consulta de domingo, o presidente Santos anunciou que a trégua vai até o dia 31, podendo ser prorrogada. A decisão causou surpresa nas Farc.
Para garantir a segurança e a tranquilidade, as equipes negociadoras - que ficaram reunidas por três dias - pedem que o Conselho de Segurança da ONU autorize a missão das Nações Unidas na Colômbia para fazer o trabalho de monitoramento, verificação e resolução de diferenças.
As duas delegações disseram que ouvirão as propostas daqueles que votaram contra o acordo atual, mas qualquer ajuste deve ser discutido entre governo e guerrilha. “É conveniente que continuemos escutando, em um processo rápido e eficaz, os diferentes setores da sociedade para entender suas preocupações”, afirma documento emitido pelos negociadores.
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