03 de outubro de 2021 | 06h20
Atualizado 07 de outubro de 2021 | 10h39
ASSIS BRASIL - O haitiano Hakin Guerrier, de 33 anos, é um dos que tentam sair do Brasil pela fronteira com o Peru. Com a fronteira fechada desde o início da pandemia de covid-19, ele está há 20 dias no abrigo montado pelo Governo do Acre na cidade de Assis Brasil, na fronteira com Iñapari, que fica no lado peruano.
O técnico em saúde bucal diz que estava trabalhando no interior de São Paulo, mas foi demitido. Estava há cinco meses em busca de um novo trabalho, mas não conseguiu. “Decidi encontrar com um primo meu que está no Texas, e já conseguiu trabalho”, explica.
Guerrier revela, contudo, que o primo está trabalhando ilegalmente. “Ele não tem os documentos ainda, mas já conseguiu ajuda para trabalhar. Ganha pouco, mas está melhor que aqui no Brasil. Por isso quero ir para lá e ele vai me ajudar. Vou demorar mais ou menos um mês para chegar”, projeta.
A chefe do Departamento Proteção e Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres do Acre, Maria da Luz França Maia, ressalta que o sonho de seguir para os EUA não é novo. O fluxo só está chamando a atenção, segundo ela, porque a fronteira está fechada.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.