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Denúncia de fraude e desorganização marcam começo das eleições no Haiti

Candidata da oposição acusa governo de manipular eleição; uma pessoa morreu em Artibonite

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Por Redação
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PORTO PRÍNCIPE  - A candidata da oposição à presidência do Haiti, Mirlande Manigat, favorita nas pesquisas para a eleição deste domingo, acusou o governo do presidente René Préval de fraudar a votação. Muitos eleitores não têm conseguido votar devido à desorganização da Comissão Eleitoral. Ao menos uma pessoa morreu na zona rural de Artibonite.

Veja também:link Conheça os principais candidatos à presidênciablog Gustavo Chacra: Diário de Porto Príncipeespecial Cronologia da história do HaitiSegundo Mirlande, em vários postos de votação as urnas já estavam cheias antes da abertura dos colégios eleitorais. Ainda de acordo com a candidata, membros da comissão eleitoral teriam dormido nos locais de votação, o que é proibido pela lei.Um clima de confusão marca a votação. As urnas abriram com uma hora de atraso. De acordo com observadores dos partidos políticos, eleitores abandonaram os colégios eleitorais após os mesários não encontrarem seus nomes na lista de votação. Houve protestos. "Não sei se voltarei mais tarde. Pode não ser seguro. É por isso que as pessoas votam cedo", disse o radialista Ricardo Magloire à agência Associated Press. Há denúncias também de pessoas votando diversas vezes em meio à desorganização. O Haiti elege hoje o sucessor do presidente René Préval. Devastado pelo terremoto de janeiro, que deixou 200 mil mortos e 1,5 milhão de desabrigados, o país sofre atualmente com uma epidemia de cólera que já matou mais de 1,6 mil pessoas. De acordo com a Comissão Eleitoral, 4,5 milhões dos 9 milhões de habitantes do país estão aptos para votar em um dos 19 candidatos à presidência. Serão escolhidos também 11 dos 30 membros do Senado e todos os 99 deputados que compõem a Câmara. O novo presidente terá a dura missão de reconstruir o país e fazer ajuda humanitária chegar aos haitianos.Com Efe e AP

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