Depois da tempestade, fome e doença atingem o Haiti

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Forças de paz das Nações Unidas acorreram à cidade de Gonaives, destruída pela tempestade Jeanne, para deter os saques de comida. Centenas de desabrigados, depois de passar a noite ao relento, na chuva, fizeram fila para receber donativos de alimentos. O general brasileiro responsável pela força de paz das Nações Unidas no Haiti criticou a demora no envio de ajuda ao país. A espera multiplica o sofrimento da população. Pelo menos 1.500 pessoas morreram e 200.000 ficaram desabrigadas por conta de enchentes e deslizamentos de terra provocados pela tempestade tropical Jeanne. "A situação continua crítica", disse o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira. Segundo ele, muitas pessoas sofrem com diarréia, e feridas, em sua maior parte provocadas por pedaços de zinco ou telhas quebradas escondidos sob as águas que ainda cobrem as ruas, desenvolvem gangrena. Numa escola convertida em hospital por médicos do exército argentino, um homem tinha a perna amputada, aparentemente sem anestesia. Anne Poulsen, do Programa de Alimentação das Nações Unidas, disse que jumentos estão sendo usados para levar comida às vítimas da tempestade, depois que caminhões vindos do porto de Cap-Haitien foram impedidos de prosseguir por deslizamentos de terra.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.