Deputada israelense defende direitos humanos de palestinos

Segundo a organização israelense humanitária B´Tselem, em agosto as Forças Armadas de Israel mataram 226 palestinos

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Por Agencia Estado
Atualização:

"Os palestinos capturaram o soldado Guilad Shalit, e isto é intolerável. Mas, ao mesmo tempo, o Exército (de Israel) impede o funcionamento de uma usina elétrica em Gaza, fecha as fronteiras e as pessoas esperam dia após dia sob o sol para passar de Gaza ao Egito", denuncia um relatório da Comissão Internacional de Direitos Humanos a ONU, citado pela deputada israelense Zahava Gal-On, defensora dos direitos humanos do povo palestino. Zahava Gal-On pediu ao governo do primeiro-ministro Ehud Olmert e à opinião pública que deixem de lado sua "apatia" diante do sofrimento do povo palestino e respeitem os direitos humanos em Gaza e na Cisjordânia. "Chega desta síndrome de tranqüilidade, em que dizemos: ´tudo bem, morreram mais não sei quantos palestinos mais´ como se fosse rotina", criticou a deputada da frente pacifista Meretz, de oposição. Segundo a organização israelense B´Tselem, que luta pelos direitos humanos em Gaza e Cisjordânia, em agosto as Forças Armadas de Israel mataram 226 palestinos. O relatório foi elaborado por John Dugart durante uma visita à Faixa de Gaza e será apresentado na sexta-feira em Genebra. Segundo a legisladora pacifista, a situação dos palestinos em Gaza favorece a ascensão da organização islâmica Hamas, que exerce atualmente o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e se nega a reconhecer o Estado de Israel. "O governo israelense deve sair do círculo vicioso da violência, promovendo opções políticas", sugeriu.

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