Deputado pede à Câmara que investigue situação de Medina

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Por Eugênia Lopes
Atualização:

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, protocolou ontem dois pedidos de informação na Mesa Diretora da Câmara sobre Francisco Antonio Cadena Collazos, conhecido como padre Oliverio Medina. Jungmann pediu ao ministro da Justiça, Tarso Genro, informações "sobre a situação jurídica do colombiano". Ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, o deputado solicitou "cópia dos documentos repassados ao governo brasileiro por autoridades da Colômbia referentes a eventual relação de brasileiros com as Farc, em especial os entregues na ocasião da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Colômbia no mês de julho deste ano". No pedido de informações a Genro, o deputado argumentou que, na Colômbia, Medina é "acusado pela Justiça de uma série de crimes, como terrorismo, seqüestro e extorsão - todos eles praticados em conjunto com as Farc". Mas Jungmann observou que "no Brasil, ao que parece, Medina é considerado refugiado político, o que lhe dá direito a permanecer no país a despeito de qualquer pedido de extradição". "Pretendemos trazer ao Congresso os dados necessários para o efetivo esclarecimento de uma eventual - e, se confirmada, gravíssima - ligação entre dirigentes das Farc e membros da alta cúpula do governo federal brasileiro, evitando, assim, quaisquer prejulgamentos", alegou Jungmann. Matéria publicada pela revista colombiana Cambio aponta a existência de 85 e-mails que teriam sido trocados entre líderes das Farc e representantes da guerrilha no Brasil, citando integrantes do governo brasileiro, como o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) e os ex-ministros José Dirceu e Roberto Amaral.

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