Deputados gregos tomam posse antes das novas eleições

Novo Parlamento, com sete partidos, é o mais plural desde as eleições de 1977

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Por Efe
Atualização:

ATENAS - Os políticos gregos eleitos no pleito do último dia 6 de maio recolheram nesta quinta-feira, 17, suas atas de deputado e assumiram seus mandatos, que será curtíssimo, já que nos próximos dias o Parlamento será dissolvido para convocar as novas eleições, previstas para 17 de junho.Veja também:

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linkGrécia empossa Pikrammenos como premiê interinolinkGrécia precisa se ater aos termos de resgate, diz LagardeO novo Parlamento, com sete partidos, é o mais plural desde as eleições de 1977, mas sua fragmentação foi uma das causas que impediu a formação de um governo.Dado que seus mandatos como deputados serão extremamente curtos, os políticos eleitos concordaram em não receber seus salários.A cerimônia de posse aconteceu na presença do Arcebispo de Atenas e Primaz da Grécia, Ieronimos II, pois na Grécia a Igreja Ortodoxa tem uma grande influência e o Estado é confessional.Por isso, a maioria dos deputados jurou seu cargo sobre a Bíblia, enquanto os três deputados da minoria turca de Trácia fizeram-no sobre o Corão.Apenas os deputados da esquerda (com exceção de uma comunista que o fez sobre a Bíblia) juraram seu cargo pelo civil.Durante a cerimônia, todos os olhos estavam postos nos 21 deputados do partido neonazista Aurora Dourada, cujo líder, Nikolaos Mijaloliakos, tinha feito a saudação fascista durante seu período como vereador da prefeitura de Atenas, mas não foram registrados novos incidentes.Na sexta-feira, o Parlamento deve reunir-se para escolher seu presidente - segundo cargo do Estado em protocolo, atrás do Presidente da República - e formar a mesa do plenário.

Uma vez realizadas estas eleições, o Parlamento será dissolvido por decreto presidencial, previsivelmente no próximo domingo, já que o plenário deve permanecer pelo menos três semanas fechado antes do pleito.Por sua parte, o já ex-primeiro-ministro, Lucas Papademos, em carta aberta aos gregos publicada hoje pela imprensa local, explica que "os sacrifícios do povo não foram em vão, eram necessários para que a Grécia permaneça na União Europeia"."Os próximos pleitos serão os mais críticos da vida democrática do país. A eventual saída da UE por causa de atos unilaterais seria um desastre nacional", ressaltou o ex-primeiro-ministro, advertindo que há muitos que querem "beneficiar-se" desta saída da Grécia da zona do euro.

 

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