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Desertores matam general do Exército da Síria em Hama

Soldados se recusaram a atirar contra civis e rebelaram-se contra comandante de Assad

Atualização:

NICÓSIA - Soldados desertores mataram um general sírio após se recusarem a obedecer a ordem para atirar em civis na cidade de Hama, na Síria central, afirmaram ativistas nesta quinta-feira, 19, à agência France Presse (AFP). Hama é um dos centros dos protestos ao governo do presidente Bashar Assad.

 

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"Um general da inteligência militar, Abdel Mustafá, foi morto por soldados que se recusaram a atirar contra civis no bairro de Bab Qebli", informaram os Comitês de Coordenação Local, uma rede de ativistas que coordena protestos. O Observatório Sírio pelos Dirietos Humanos, outro grupo de ativistas com sede em Londres, também reportou a morte de um general em Hama, ao notar que também um tenente foi morto na cidade por desertores.

 

Enquanto isso, na cidade de Alepo, norte da Síria, manifestações contra o regime se transformaram em choques contra as milícias favoráveis ao governo, conhecidas como shabiha. Esses choques ocorreram na Faculdade de Ciências da Universidade de Alepo. Não foi possível confirmar de maneira independente as informações porque o regime sírio restringiu a presença da mídia internacional no país.

 

Retirada

 

Ativistas disseram também que o Exército retirou tanques e veículos blindados de Zabadani, uma cidade perto de Damasco. O município está agora nas mãos da oposição e testemunhas disseram ter visto combates entre tropas do governo e homens da resistência nos últimos seis dias. Ainda assim, nove pessoas morreram na repressão em outros locais.

 

A revolta contra o regime de Assad já dura dez meses e deixou ao menos 5 mil mortos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). O governo, que afirma que mais de 2 mil oficiais e policiais morreram, culpa "terroristas e grupos armados" pela violência. As informações são da Dow Jones.

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