Um deslizamento de terra e enchentes provocadas por fortes chuvas no Equador mataram 24 pessoas e feriram cerca de 50 outras em Quito, informaram autoridades equatorianas nesta terça-feira, 2. Doze pessoas continuavam desaparecidas na noite de terça, comunicou o município, depois que uma encosta desabou.
Um dilúvio lamacento tomou as ruas, arrastando carros, troncos de árvores e pedras nos bairros La Gasca e La Comuna, sob as encostas do vulcão Pichincha.
Sirenes de ambulância soaram na capital enquanto equipes de resgate atravessavam a lama para transportar os sobreviventes. A chuva inundou estradas e varreu casas, danificando dezenas delas e derrubando algumas completamente.
O prefeito de Quito, Santiago Guarderas, declarou três dias de luto oficial, enquanto autoridades disseram que o volume de chuvas de segunda-feira, 31, foi o maior desde 2003.
“Apesar do trabalho para proteger as encostas, não estamos isentos de desastres naturais”, escreveu Guarderas em um tweet.
Militares foram mobilizados no esforço de socorro, e vizinhos se juntaram aos bombeiros na busca por vítimas na terça-feira, enquanto retiravam pertences dos destroços de suas casas depois que a chuva diminuiu. Equipes de emergência trabalharam para limpar as ruas e consertar linhas de energia.
A moradora de Quito, Imelda Pacheco, disse que sentiu seu prédio tremer antes que a água e as pedras caíssem, destruindo sua morada.
“Eu mal tive tempo de pegar na mão do meu filho de 4 anos e corri para as escadas, para o terraço. De repente, as paredes na frente e na lateral desapareceram”, disse ela à Associated Press. “Gritamos para os vizinhos do primeiro andar, mas a água levou a mãe e a filha.”