Deslizamento de terra em depósito de lixo na Etiópia deixa mais de 40 mortos

Testemunhas disseram que havia pelo menos 100 pessoas no local no momento do acidente; aterro já havia registrado deslizamentos nos últimos anos

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ADIS-ABEBA, ETIÓPIA - Pelo menos 46 pessoas morreram, entre elas 32 mulheres, e várias outras ficaram feridas após um deslizamento de terra em um grande aterro sanitário nos arredores da capital da Etiópia, Adis-Abeba.

O número de vítimas aumenta à medida que as autoridades conseguem recuperar os corpos de muitos indivíduos que ainda estão soterrados. Alguns sobreviventes foram levados ao hospital.

A área do deslizamento ainda está sendo examinada à procura de outros corpos. Foto: AP Photo/Elias Meseret

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Ainda não foi esclarecido o motivo do deslizamento, ocorrido no sábado à noite (horário local) no aterro de lixo Koshe, que soterrou várias casas improvisadas e construções de concreto.

As equipes de emergência mantêm a operação de resgate e tentam retirar o lixo do aterro, afirmou o porta-voz do governo de Adis-Abeba, Dagmawit Moges.

Testemunhas disseram à rádio local Sheger FM que pelo menos 100 pessoas estavam no local no momento do acidente.

Centenas de indivíduos recolhem lixo no aterro diariamente e alguns, inclusive, moram no local em barracos improvisados.

35 pessoas morreram em deslizamento de terra próximo à capital da Etiópia. Foto: AP Photo/Elias Meseret

O local tem sido um depósito para o lixo da capital há mais de 50 anos. Moradores acreditam que a retomada da colocação de lixo no local nos últimos meses tenha causado o deslizamento de terra. O depósito havia sido interrompido nos últimos anos, mas foi retomado depois que fazendeiros em uma região próxima de onde um novo complexo de aterro estava sendo construído obstruíram a colocação de lixo na área.

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Pequenos deslizamentos de terra ocorreram no aterro Koshe nos últimos dois anos. "A longo prazo, vamos conduzir um programa de reassentamento para realocar pessoas que vivem dentro e em volta do aterro", disse o prefeito de Adis-Abeba. / EFE, AFP e ASSOCIATED PRESS

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