Desmoronamento de lixão deixa 17 mortos em Maputo

Resíduos acumulados no maior lixão de Moçambique ocupam 12 hectares e alcançam uma altura de um prédio de dois andares

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MAPUTO - Pelo menos 17 pessoas morreram nesta segunda-feira na capital de Moçambique, Maputo, após um deslizamento de lixo ocorrido pelas fortes chuvas no lixão de Hulene, o maior do país, confirmou o Serviço Nacional de Salvamento Público. As vítimas residiam ao lado do depósito de lixo quando foram surpreendidas pelo desmoronamento de toneladas de resíduos sólidos por volta das 3 horas locais (22 horas de domingo em Brasília).

Moradores observam trabalho de resgate em lixão de Maputo que desmoronou Foto: EFE/ Antonio Silva

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As autoridades indicaram que seguem com as tarefas de busca por vítimas, já que contam com informações de que mais pessoas viviam na zona onde ocorreu o deslizamento. Nos últimos anos foram erguidas milhares de casas informais nos arredores do depósito, que não conta com um muro de contenção que o separe da área residencial.

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A disputa de terras em muitas cidades africanas leva algumas pessoas a ocuparem terrenos em busca dos salários melhores disponíveis em centros urbanos, e às vezes as habitações são construídas em terrenos marginais ou inseguros. O lixão de Hulene, aberto há menos de 40 anos e que armazena os resíduos domésticos, industriais e sanitários de Maputo, tem cerca de 12 hectares e os resíduos acumulados alcançam uma altura equivalente à de um edifício de dois andares. Em 2009, a Câmara Municipal da capital decidiu fechá-lo e transferir o lixo a outro local nos arredores da área urbana, mas a falta de fundos impossibilitou a mudança até o momento. / EFE

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