Detectado nível de estrôncio 130 vezes superior ao normal em Fukushima

Em março foi detectado estrôncio na terra e em plantas em áreas a mais de 30 quilômetros da usina nuclear de Fukushima Daiichi; elemento químico pode causar câncer e tende a fixar nos ossos uma vez que é inalado

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Por Efe
Atualização:

TÓQUIO - A Tokyo Electric Power (Tepco) informou nesta segunda-feira, 9, (horário local de Tóquio) que detectou níveis de estrôncio radioativo 130 vezes acima do normal no solo da central nuclear de Fukushima, informa a rede japonesa NHK.

O estrôncio pode provocar câncer e tende se fixar nos ossos uma vez que é inalado.

 

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A Tepco, empresa que opera a usina de Fukushima, detectou 570 bequerels de estrôncio-90 por quilo de terra em amostras tomadas em três pontos diferentes das instalações da central.

 

A amostra de terra foi extraída no dia 18 de abril a cerca de 500 metros dos reatores 1 e 2, cujos sistemas de refrigeração ficaram gravemente danificados pelo terremoto e pelo devastador tsunami do dia 11 de março.

 

A Tepco também detectou 4.400 becquerels de estrôncio-89 por quilo de terra nessas mesmas amostras.

 

No mês de março já se detectou estrôncio na terra e em plantas em áreas a mais de 30 quilômetros da usina nuclear de Fukushima Daiichi.

 

Segundo o diretor do Centro de Análise Químicas japonês, Yoshihiro Ikeuchi, as pessoas poderiam inalar estrôncio se a substância for removida pelo vento, embora as quantidades seriam muito limitadas.

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Ikeuchi acrescenta que os níveis atuais de estrôncio não serão um problema para os técnicos da central que usarem máscaras, mas que é necessário medir e fazer um acompanhamento dos níveis no ar.

 

Funcionários da Tepco entraram também no prédio do reator 1 da usina nuclear de Fukushima para tentar restaurar seu sistema de refrigeração.

 

Os operários entraram por volta das 4h20 local desta segunda-feira (16h20 de Brasília deste domingo) e permaneceram em seu interior por cerca de meia hora para medir o nível de radiação sob a supervisão da Agência de Segurança Nuclear japonesa.

 

O Japão não conseguiu ainda controlar a situação em Fukushima, após o terremoto de 9 graus e o tsunami, que causou 25 mil vítimas entre mortos e desaparecidos.

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