Detenção de ex-presidente esquenta eleições mexicanas

Um juiz federal mexicano ordenou a detenção de Luis Echeverría, de 84 anos, por genocídio, devido à sua suposta responsabilidade num massacre de estudantes, em 1968, quando era secretário de governo

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Por Agencia Estado
Atualização:

A prisão domiciliar do ex-presidente Luis Echeverría e a invasão do site do candidato esquerdista Andrés Manuel López Obrador esquentaram os ânimos no México, na véspera das eleições presidenciais de domingo. Um juiz federal mexicano ordenou a detenção de Echeverría, de 84 anos, por genocídio, devido à sua suposta responsabilidade num massacre de estudantes, em 1968, quando era secretário de governo. O Partido Revolucionário Institucional (PRI) chamou de "anacrônica e ridícula" a ordem de detenção, levantando a suspeita de uma tentativa de influir nas eleições do domingo. Analistas políticos consideram o caso de Echeverría um símbolo do sistema autoritário representado pelo PRI, que governou o país de 1929 a 2000. Enquanto isso, o Partido da Revolução Democrática (PRD) denunciava um ataque ao site do candidato esquerdista Andrés Manuel López Obrador, que foi alterado, passando a exibir uma mensagem apócrifa defendendo a resistência civil. Os representantes de López Obrador vão apresentar queixa, pedindo à polícia que investigue o caso. Neste domingo, 71,3 milhões de mexicanos poderão votar para eleger o próximo presidente e renovar o Congresso federal. Mas os analistas prevêem uma alta abstenção. Os candidatos com maiores possibilidades de vitória são López Obrador, o conservador Felipe Calderón, do Partido Ação Nacional (PAN), e Roberto Madrazo, do PRI.

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