Dia de saques termina com quatro mortos na Argentina

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os saques e confrontos que resultaram na decretação do estado de sítio na Argentina, nesta quarta-feira, deixou quatro mortos, cerca de 100 feridos, além de 328 detidos. Ao meio-dia, o presidente Fernando De la Rúa havia descartado a possibilidade de aplicação do estado de sítio, mas em diversas reuniões com seus ministros e assessores ao longo do dia essa possibilidade começou a ficar cada vez mais forte, até que se concretizou com a proximidade da noite e a perspectiva de que a escalada de saques não fosse parar e que ? dos empobrecidos bairros operários da Grande Buenos Aires - começasse a invadir as ruas da própria capital argentina. O estádo de sítio durará 30 dias. Simultaneamente ao decreto de De la Rúa, circularam rumores de todo o tipo, incluindo o de renúncias de vários integrantes do gabinete presidencial. Uma das renúncias especuladas é a do ministro da Economia, Domingo Cavallo. Horacio Pernasetti, presidente do bloco da UCR, o partido de De la Rúa, na Câmara de Deputados, pediu a renúncia de Cavallo ao presidente. Um dos rumores indicavam que Cavallo poderia ser substituído pelo atual chanceler, Adalberto Rodríguez Giavarini. Outro rumor indicava que o substituto seria um integrante do Partido Justicialista (Peronista), da oposição. O nome preferido pelo establishment financeiro é o de Emílio Cárdenas, presidente do HSBC. Outros nomes especulados foram os do atual chefe de assessores do ministério, Miguel Kiguel, e até do octogenário ex?ministro Roberto Alemann. No meio da jornada mais turbulenta de sua vida política, De la Rúa fez uma pausa para uma cerimônia de promoções de oficiais do Exército, mas agiu como se não houvesse crise e eximiu-se de comentários. O porta-voz do presidente Fernando De la Rúa, Juan Pablo Baylac, anunciou que não haverá mudanças no gabinete de ministros. Baylac admitiu que existe uma "comoção interna" na Argentina, e afirmou que o governo vai destinar US$ 7 milhões para a distribuição de alimentos. "É preciso que a sociedade se acalme". Leia o especial

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.