PUBLICIDADE

Dia violento deixa cerca de 60 mortos no Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

Um carro-bomba detonado por um atacante suicida matou pelo menos 8 pessoas e feriu mais de 20 num posto de controle da polícia iraquiana perto de uma ponte em Bagdá. O número de mortes em atentados e bombardeios entre quinta-feira à noite e hoje elevou-se para cerca de 60, depois que hospitais de Faluja, bastião da resistência muçulmano sunita a oeste de Bagdá, confirmaram a morte de 47 pessoas numa sucessão de ataques aéreos dos EUA. Os militares dizem ter destruído um prédio onde estavam reunidos rebeldes vinculados ao extremista jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, que os EUA acusam de ligações com a rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden. Mas os funcionários do hospital informaram ter constatado uma maioria de mulheres e crianças entre as vítimas. As tropas dos EUA não entram em Faluja desde o fim de um cerco de três semanas à cidade em abril. Centenas de iraquianos trabalham cavando valas coletivas para enterrar as vítimas dos bombardeios americanos. Mahmoud Sheil, um xeque tribal da área, comparou os ataques aéreos dos EUA em Faluja com o assassinato de civis no regime do ditador deposto Saddam Hussein. "Eles (os americanos) dizem que Saddam era o homem das valas coletivas, mas eles são os responsáveis por estas covas", denunciou. Um fuzileiro naval americano foi morto hoje na província de Anbar, onde fica Faluja, informou o Exército dos EUA, sem precisar o local do incidente.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.